Nome Popular
Pacu borracha
Nome Científico
Myleus
Família
Distribuição Geográfica
Bacia Amazônica e Araguaia-Tocantins.
Descrição
Peixe de escamas. O pacu borracha é conhecido por este nome porque possui uma carne fibrosa, muito consistente e que passa a sensação de ser emborrachada. Essa característica se acentua especialmente nos exemplares mais velhos. Esse peixe de escamas de água doce pertence à família Characidae, uma das mais complexas da ordem Characiformes. Os peixes desta família podem apresentar morfologias e hábitos ecológicos distintos, pois nela estão inseridos desde peixes pequenos até exemplares de grande porte. O corpo coberto de pequenas escamas tem a forma arredondada ou ovalada, é alto e comprimido lateralmente. A cabeça é pequena e os olhos são grandes e ficam situados na lateral. A boca é dotada de fortes dentes molariformes dispostos em uma ou duas fileiras. As pequenas nadadeiras dorsal e anal estão situadas na parte posterior do corpo. Comparado com o pacu comum (Piaractus mesopotamicus) nota-se uma pequena diferença na nadadeira anal, apesar de serem espécies muito semelhantes. Chega a alcançar 80 cm de comprimento e 10 kg, embora não seja muito comum encontrar exemplares desse porte. A coloração uniforme é escura, em tons marrom e cinza, com manchas avermelhadas pelo corpo, podendo variar às vezes conforme a água onde vivem.
Nos períodos em que determinados frutos e flores da mata marginal estão caindo na água, é fácil observa-los sob as árvores de onde se alimentam. Geralmente vivem em pequenos cardumes nas porções marginais ou nas proximidades de corredeiras dos rios, lagos, corredeiras e pedrais, alimentando-se de frutos, sementes, algas e também de crustáceos e moluscos. Ficam nas calhas rios durante a época seca e entram nos lagos/lagoas e matas inundadas durante as cheias. O tamanho mínimo para captura é de 45 cm.
Ecologia
É um peixe reofílico, isto é realizam migrações em cardumes no período de seca, em busca de novos lares de alimentação. Reproduz-se entre novembro e fevereiro, realizando migrações para este fim. Nesse período, entram na foz de pequenos córregos inundados pelas águas dos rios, onde depositam seus ovos e onde as larvas passam geralmente seus primeiros dias de vida. A reprodução é assexuada com os gametas machos e os óvulos das fêmeas liberados na água, sendo que uma pequena porcentagem será fecundada. com uma sobrevivência mínima esperada de 1 % do total desovado. Espécie onívora (come praticamente de tudo) com tendência a herbívora alimentam-se de fruto/sementes, folhas, algas e, mais raramente, pequenos peixes, crustáceos (caranguejos), moluscos (caramujos), além de outros ítens. Seus hábitos alimentares variam de acordo com a época do ano e a oferta de comida.
Equipamentos
O equipamento utilizado na pesca esportiva é de categoria média/leve a média, composta por varas com comprimentos variados entre 6 e 7,1 pés, para linhas de 10 a 20Lb de resistência (0,25 a 0,35mm). Carretilhas ou molinetes, de preferência o segundo, que comportem até 120m da linha escolhida. Os anzóis de número 14 a 20, ou 1 a 2/0 de haste curta são os mais usados. O uso de empates curtos, com 5 a 10cm, é recomendado.
Iscas
Iscas naturais de plantas encontradas no próprio local, frutinhos e bolas de massa são as preferidas. Eventualmente podem ser capturados com iscas artificiais como "spinners".
Dicas
É um peixe muito interessante para ser pescado na modalidade de fly. Neste caso recomenda-se varas de nº 6 a 8, com linhas floating. Iscas que imitem coquinhos, frutinhos, ou vegetação submersa são os mais produtivos.