"Ao soltar um peixe, você estará demonstrando respeito pela natureza e garantindo o futuro da pesca esportiva!"
As dicas abaixo são genéricas, mas poderão fazer com que os peixes libertados tenham uma grande chance de sobrevivência, proporcionando alegria a vários pescadores.
Lembre-se sempre que, mesmo aparentando nenhum ferimento quando solto, o peixe poderá não sobreviver caso não seja manipulado com o devido cuidado e carinho.
Segue, abaixo, uma descrição daquilo que você pode fazer e os métodos a serem utilizados para assegurar o bem-estar do peixe:
Local da fisgada
Seria ideal que todos os peixes fossem fisgados pelo beiço superior ou inferior, mas nem sempre acontece assim. Quando a pescaria é feita com iscas artificiais pequenas como jigs, ou com iscas vivas, a chance do peixe ser fisgado mais profundamente pela garganta ou pelas guelras é muito alta. Jamais puxe a linha quando o anzol estiver preso na garganta do peixe. Corte a linha o mais perto possível do anzol e rapidamente devolva o peixe à água – isto aumentará a suas chances de sobrevivência. Quanto mais tempo o peixe ficar fora da água e quanto mais você praticar as suas "técnicas cirúrgicas", menores serão as possibilidades de sobrevivência desse peixe.
Anzol
Use anzóis sem farpa ou amasse a farpa com um alicate; dessa forma, a sua pescaria será muito mais vibrante e você evitará ferimentos maiores nos peixes. Anzóis sem farpas tornam a fisgada mais eficiente e basta manter a linha sempre esticada para trazer o peixe. Além de aprimorar esta técnica, o pescador assegura um ganho de esportividade e valoriza o troféu fotografado.
Teste da linha
Use sempre uma linha de capacidade pouco maior que a exigida para cada espécie de peixe. Isso fará com que a luta dure menos tempo e evitará que o peixe fique exausto com a luta, aumentando assim as suas chances de sobrevivência.
O conceito de que quanto mais leve é o equipamento mais esportividade é um erro que pode levar o peixe à morte, por este motivo esta atitude não deve ser considerada um comportamento esportivo.
Profundidade
Quando pescar em profundidades acima de 30 pés (9,14 m), puxe o peixe devagar para o barco. Isso torna possível a descompressão (ajustamento do peixe à mudança de pressão da água). Faça pausas quando recolher o peixe e espere que as bolhas d'água (resultantes da descompressão do peixe) aflorem à superfície. Se você puxar o peixe com muita violência e pressa, ele morrerá. Peixes de grandes profundidades dificilmente resistem, não há tempo suficiente para que não sofram os efeitos da pressão. Nestes casos quando a bexiga natatória estiver cheia em excesso podemos tentar salvá-lo fazendo um pequeno furo na bexiga com uma agulha hipodérmica para que o peixe possa afundar retornando à sua profundidade natural.
Delicadeza
Ao manusear um peixe, a delicadeza é fundamental. Jamais coloque os dedos ou as unhas nas guelras do peixe. Não aperte os peixes pequenos. Procure segurar ou manusear o peixe com as mãos molhadas, evitando a remoção do muco que o proteje. Segure o peixe de modo que ele se contorça ao mínimo, evitando deslocamentos e traumatismo nos órgãos internos e na estrutura óssea.
Dê preferência a passaguás sem nós, pois estes machucam os peixes. O uso de alicates de contenção são ideais para a manipulação da maioria das espécies de peixes esportivos, imobilizando o peixe de forma segura e permitindo a retirada do anzol com maior rapidez. Evite usá-los em peixes que possuam dentes, pois podem quebrá-los.
Mantenha o peixe na água
Faça isto tanto quanto possível. Um peixe fora da água vai ficar cada vez mais sufocado. Ele pode ter morte fatal caso caia na praia ou bata nas pedras. Um pouco de água pode servir como um excelente travesseiro de proteção a um peixe cansado.
Retirando o anzol
Retire o anzol tão rapidamente quanto possível, usando alicates de bico. Os alicates de bico longo podem acelerar a retirada de um anzol fisgado profundamente. Porém, lembre-se: caso o anzol tenha penetrado fundo no peixe, corte o empate e deixe o anzol dentro do peixe. Seja delicado e rápido. Os peixes pequenos, especialmente, podem morrer em decorrência do choque causado pela retirada de um anzol.
Tempo
É essencial! Um peixe fora da água sofrerá danos cerebrais em função da falta de oxigênio. Até mesmo um peixe pego ou manuseado gentilmente pode ficar muito exausto para se recuperar.
Reavivando o peixe
Alguns peixes, depois de uma longa batalha, podem flutuar com a barriga para cima. Nestes casos, segure-o por baixo da barriga e mantenha-o na posição horizontal dentro da água. Movimente o peixe para frente continuamente de modo que a água lhe passe frontalmente pelas guelras. Este é um método de respiração artificial e pode levar alguns minutos. Se você estiver num rio, coloque o peixe contra a correnteza. Quando o peixe recuperar os sentidos, começando a se mexer e puder nadar normalmente, solte-o de modo que ele consiga a recuperação completa e possa desafiar outro pescador futuramente.
Fotografando
Procure fotografar seu troféu preferencialmente com o peixe na água ou se o peixe for retirado dela procure colocá-lo em lugar liso e molhado para medir, pesar e fotografar. Lembre-se que estas operações devem ser realizadas no menor tempo possível.
Pescadores esportivos buscam aperfeiçoar e desenvolver suas habilidades pesqueiras, as instruções acima visam orientar o pescador para que sua pescaria cause o mínimo impacto ao meio ambiente, respeitando a natureza e garantindo a qualidade do esporte para as futuras gerações!
Fonte: Pescamadora
